segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Campanhas de Pacifcação V

Coluna Norte num pára arranca;

A segunda expedição, enviada da Metrópole, liderada pelo coronel Eduardo Galhardo começa a chegar a Lourenço Marques a 13 de Abril no vapor "Portugal". No dia 29 de Maio chega no vapor "Ambaca" o 2º Batalhão de Caçadores 3 que se junta as unidades de engenharia já aí presentes. Metade desembarca na cidade a outra é transportada para Inhambane no mesmo navio.
o Ultimo contingente é formado pelo esquadrão de Lanceiros I dirigido por Mouzinho de Albuquerque.
1 - Coronel Eduardo Galhardo;


Eduardo Galhardo foi nomeado por António Ennes comandante da brigada principal da força por ser o militar de maior graduação em Moçambique. Andava sempre impecavelmente fardado e o seu aspecto físico era impressionante, mas era sobretudo hesitante, não querendo correr riscos que fossem de alguma maneira contra os regulamentos e não era do tipo de pessoa de grandes improvisos. Infelizmente tudo servia de pretexto para atrasar o avanço da coluna, que possuía o maior contingente das campanhas de pacificação e prometia bastante e o preço que pagaram pela má liderança foi pesado.

2 - Desfile das tropas na praça sete de Março;

Em fins de Junho a maior parte do Batalhão de Caçadores 3 está no primeiro posto a caminho de Chicomo, Cumbana. São notórias, logo a chegada, as condições sanitárias. Chegam a registar-se 93 doentes a 23 de Junho. a 11 de Julho são dadas as ordens de marcha para Inharrime, ultimo posto antes de chegar a Chicomo, e a 15 de Julho instala-se a companhia de infantaria em Chicomo a algumas dezenas de kms da capital de Gungunhana.

O grosso das forças é levado para Chicomo por Galhardo a 20 de Julho. Existia, e isso notou-se na marcha para Chicomo, uma grande deficiência no apoio logístico. Os carros de Bois tradicionais atolavam-se frequentemente e estes eram por si, insuficientes, e dá-se mesmo uma falta de animais de carga para todo o aparato. Galhardo nota-o e insiste em pedir mais carros e mais animais e António Ennes faz o que pode, mas não consegue atingir o previsto pelos regulamentos. por causa desta insistência que se torna numa teima entre Galhardo e Ennes a coluna passa 3 meses em Chicomo. A ordem para avançar sobre Manjacase é dada em Agosto e só em Novembro é que avança.

Durante o tempo que a coluna passa parada vai sofrendo inúmeras baixas devido a pestilência do local, e há uma redução espantosa dos efectivos prontos para combater, que provavelmente, nem os indígenas podiam infligir.


Sem comentários: