quinta-feira, 30 de abril de 2009

Refleções;



A Caça

Há uns tempos chamaram-me insensível por ser apoiante da caça, ao que me apetecia ter respondido de forma torta. De facto, quem diz que a caça devia ser proibida não sabe do que fala. Neste texto vou apresentar as minhas razões.

1) A nossa óbvia alimentação omnívora, na qual a maior parte é constituída por carne. Não venham com histórias de vegetarianismo, pois quer queiram quer não, a fisiologia (capacidade de digerir e metabolizar carne) e fisionomia (dentes etc.) humana é adaptada ao consumo de matéria orgânica animal. A opção totalmente vegetariana ou que não englobe bocados animais não passa mesmo disso, de uma opção de vida. Ou oito ou oitenta... Ou não comem carne, ou comem até a "gota" se instalar.

2) A ideia de que é cruel é mal fundamentada. Pelo menos se houver respeito pelas regras (limites e métodos). Claro que, armas mal aplicadas, um fraco conhecimento da fauna e baixas qualificações a nível de "saber do mato" vão criar dificuldades, não só aos humanos como aos animais. As armas actualmente são construídas para abater o animal o mais rápidadamente possível, sem causar sofrimento desnecessário ao animal. Muitas vezes basta o impacto da bala para atordoar, os danos ao tecido fazem com que a morte seja rápida. Ao argumento de que, agora com essas armas, o animal não tem hipótese, eu respondo que para se fazer tal afirmação, das duas uma, ou a pessoa é o campeão mundial de tiro com arma de caça, ou nunca caçou nem disparou uma arma. A verdade é que as armas são feitas de modo a equilibrar as forças. Começa pelo numero de munições aceites pela arma. Chegando ao máximo de 3 e ao mínimo de 1. Ora, os nossos reflexos não são, nem nunca foram tão rápidos como a maioria dos animais, nem o próprio carregar da arma consegue vencer um veado que galopa pelo morro fora, perdendo-se de vista em alguns segundos.

3) Quem diz que há métodos menos cruéis? Fala-se da caça, mas toda a gente come costeletas do porco que veio do matadouro. Já pensaram em comparar o processo de morte de um matadouro com o realizado na caça? Eu acho que é desnecessário descrever a maneira como são processados os animais nas "fabricas de carne". Porém, quando o processo envolve armas, quem o enceta é logo de aclamado como violento e bárbaro.

4) Os chamados troféus. Não me quero demorar por este assunto,pois nem tenho paciência nem cabeça para me meter em analises históricas de tradições relacionadas com a memória. O pendurar cabeças na parede, o emoldurar dentes ou empalhar animais não é mais do que a tradição de recordar. Recordar os sacrificados para que outros vivessem. Não deve ser longe da verdade, quando afirmo que desde que o homem tem consciência do acto de matar, que tenta "homenagear" o animal que luta lhe deu. O único problema é que alguns animais passaram de alimento a constituir apenas um troféu, que não será consumido, daí a frase "só os humanos caçam quando não estão com fome". A verdade, é que mesmo isso mudou. Raramente é divulgado, que depois de uma caçada ao elefante, depois do "branco" ficar com o troféu, a carne é distribuída pelas aldeias em redor. Se bem me lembro, fala-se muito de fome em África. Já na Europa, nos mitos era semelhante. Um homem, de uma tribo mais a norte vem combater um monstro que aterroriza a aldeia. Depois de vencer o monstro, leva uma recordação da épica luta. Não se trata de desrespeito!

O único problema sim, é a caça furtiva, que não obedece a leis nem regras, actua subtilmente, na calada da noite, e foca-se em animais com grande valor no mercado negro. Mas tendência em associar essa caça à caça regulada praticada com intenção de manter uma população saudável.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pequenas Histórias

Zulu;

20th, January 1879, Isandlwana

Dear mother and father, i am finnaly able to write to you this , the whole column has been a mess lately we have been marching at fast pace. How are you? I must say, that, although this campaign has great promisse, i miss you, specially horse ridding with you sir. I am glad to hear that cousin Aemilia got engadged to Edmund, lets just hope he makes it safely from the Sudan, it seems General Gordon is doing excelent work in organizing the region, if you send Edmund a letter yourselves tell him i sent the best of luck. By the way, how his the professor? I never thought good of those terrible back sours he always had. Anyway, i would just like to say that, if you hadn´t prepared me for this sir, it would be much more difficult to withstand.
I am writing you from a place called Isandlwana, we arrived on this very day, we had a brief enconter with some Zulu savages, but we soon straightened them out, yet, reports say that there are many more to discipline. These madmen launch them selves on attact armed with simple spears. I belive all this confusion will be over before mothers birthday. All and all its not that bad here, a tad hot, mosquito net stays up all night. Sometimes when we are lucky the colour Sargent sends us to go huting, untill now i've seen soup made from every kind of antilope i know and others i didn't even thought existed. Well, thats about it, its almost time for my stake out, im going to be up half of the night, these savages like to surpirse attack on the middle of the night, but, nothing to worry about, we are in large number, it will make them think twice before attacking. Kisses and hand shakes to everyone;

Best regards;


T
ommy

sábado, 4 de abril de 2009

Pequenas Histórias




Marcha no Deserto;

Fazia calor na tenda de lona. Para ajudar a ambiente quente e seco a luz era filtrada pelo tecido grosseiro branco sujo que criava tons quentes. As paredes da tenda abanavam ocasionalmente com o vento e este fazia com que pequenos grãos de areia embatessem na lona.
Era hora de levantar. Já soara o despertar. Lá fora a correria começava. Por vezes ouvia-se algum oficial a gritar ordens. Mas era tudo abafado pelo som de tachos, motores a aquecer, peças de metal a embaterem, juntas a chiarem, passos lentos e passos de pessoas a correr.

Ao sair da tenda deparei-me com um cenário fervilhante, embora fosse-mos uma coluna pequena. Abotoei rápido a túnica e ajeitei a gola. Era cedo mas já estava a transpirar. Sentia as mãos suadas. Fui ter com o oficial de campo, perguntei-lhe que havia para fazer, mandou-me supervisionar os rapazes que estavam a carregar os caixotes de munições, no outro lado do acampamento.
Enquanto caminhava na direcção dos camiões sentia as pedras a dificultarem-me o andar. Sentia as pernas e os ombros a arder de calor. e quando inspirava o ar quente queimava-me as narinas, pareciam estar em carne viva por dentro. Passei pela coluna blindada. O barulho era ensurdecedor e o ar estava cinzento do fumo que saída dos escapes. Vi-me obrigado a tapar a cara com o boné para não me entalar com o fumo. O pessoal dos blindados corria de um lado para o outro, uns com bidões de diesel, outros com correias e chaves inglesas.
Ouvi uma porta a chiar e bater pesadamente atrás de mim, olhei e vi o Heinkl a limpar as mãos cobertas de óleo. Também me tinha visto. "bom dia, já te deram trabalho?", "que remédio, vou tomar conta das munições. Sabes para onde vamos hoje?", à minha volta ouvia motores e peças metálicas, "nem por isso, mas andam por aí a dizer que vamos para perto do Cairo, mas não sei, ainda estamos longe. Pelo menos duvido." Duas motorizadas passaram em marcha lenta por mim, contudo conseguiram levantar uma poeira fina amarelada, instintivamente semicerrei os olhos. "Bem, la vou eu...a ver se nos dizem alguma coisa, vemos-nos já" "te já".


Á minha frente estavam os camiões, cobertos de pó. Emanavam um cheiro a óleo, lembrava o cheiro das antigas estações de caminho de ferro. Ao lado estavam algumas caixas empilhadas e um grupo de soldados a conversar. Saudei-os. Imediatamente endireitaram-se e saudaram-me também. "Como vai isso?", "só faltam estas caixas meu tenente, coisa pa meia horita" "então vamos lá despachar isto". Á medida que enchiam um camião, este arrancava e dava lugar a outro. Cada vez havia mais poeira no ar. Não só pelos carros que iam e vinham, mas tinha-se levantado um vento que levantara quantidades obscenas de areia.
Demorou cerca de três horas a levantar o acampamento e a coluna formara-se.
Quando já estava tudo pronto fomos ordenados a formar. O vento acalmara, mas era agora constante e irritante. De óculos de protecção e visor na cabeça aproximou-se o General. Num tom informal disse-nos que a próxima paragem iria ser a mais difícil do trajecto. De facto, era hora de acção. A Norte de onde nos encontramos estava Tobruk. Ao fim do dia de hoje iremos cercar a pequena península. Não vamos sozinhos, juntar-se-ão a nós mais duas divisões de blindados.
Amanha Tobruk é nosso, e vamos estar mais um passo perto de expulsar os ingleses do Norte de África. O sucesso é garantido. O Marechal de Campo em pessoa vai dirigir o ataque. O discurso demorou uns dez minutos. Pareceu mais. Estávamos todos a pensar no mesmo. Ao mesmo tempo fora dada a ordem de mobilizar. O general já estava dentro do seu VolksWagen, eu dirigia-me para o meu Kublewagen. Todos os restantes veículos estavam já com os motores a rugir. Olhei para trás, e num semi-lagarta, Heinkl acenava-me, já de óculos na cara e mangas arregaçadas. Eu acenei-lhe de volta, desviei o olhar para o carro e estendi a mão até ao manipulo. Puxei-o e num guincho metálico, seguido de um baque a porta rodou nos eixos e eu pude sentar-me. Eu ia no lugar do pendura, a conduzir ia um jovem, o meu adjunto. Auxiliava-me em muitas coisas. Desde trabalhos de escritório a coisas de campo como equipar o carro e conduzi-lo.

Finalmente a coluna começou a mexer. À minha frente, o carro do general fazia com que as partículas de terra e areia saltassem para o capô do Kublewagen. durante toda a viagem ouvira as pedrinhas a bater na chapa.
Atrás de mim iam as motorizadas, que estouravam os timpanos das pessoas quando faziam subidas. Mais para trás encontravam-se os blindados, semi-lagartas, camiões de mantimentos e equipamento. A marcha começara lenta, mas pouco tempo depois entráramos numa zona em que a circulação era mais fácil, e podemos acelerar ao ponto de eu ter que fincar as unhas ao assento de modo a ficar no meu lugar, tais eram os solavancos.

Olhei em volta. Só conseguia ver deserto e mais deserto. Mas sabia de ver nos mapas que para Norte existia o mediterrâneo. E de facto viajávamos para Norte. Houve momentos em que ao longo da viajem me pareceu cheirar o mar. Talvez fosse imaginação, mas pelo facto de ter nascido nas costas do mar do norte conferia-me uma certeza de que realmente o mar não estava longe. Por um lado confortava-me, por outro deixava-me com um nó no estômago e de cada vez que pensava no que estava para acontecer um novo ardor pelo corpo fazia com que suasse abundantemente.
Rodei o tronco e olhei novamente para trás. Vi os tanques . Toda aquela tonelagem a mover-se pelas areias do deserto dava-me uma segurança estranha, uma segurança que eu sabia que não era infalível.


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Animais Extinctos


Achillobator;



Reino: Animalia; Phylum: Chordata: Classe: Sauropsida Superordem: Dinosauria Ordem: Saurischia Subordem: Therapoda Familia: Dromeosauridae Genus: Achillobator Espécies: A. Giganticus, Perle, Norell & Clarck, 1999

Este Terópode Dromeossaurideo viveu onde é hoje a Mongólia, durante o cretácico Superior . Era relativamente grande, atingindo dimensões entre os 4 metros e os 6.
Foi descoberto numa expedição em 1989, mas só descrito e baptizado em 1999.
Os restos foram encontrados desarticulados mas contextualmente associados. Dos vestígios encontrou-se um maxilar superior e dentes, Vértebras de todas as secções da espinha, costelas, ossos do ombro, pélvis, membros (anteriores e posteriores).

A presença de traços primitivos na pélvis leva alguns paleontólogos a considerar o Achillobator como uma espécie "criada" de ossos pertencentes a outros animais.

Animais extinctos



Acheleusaurus;



Reino: Animália, Phylum: Chordata Classe: Saurópsida Superordem: Dinosáuria; Ordem: Ornitischia; Subordem: Margiocefalia; Superfamilia: Ceratopsia; Familia: Ceratopsidae; Subfamilia: Centrosauridae; Genus: Acheleusaurus; Espécies: A. Horneri Sampson 1995;

Ceratopsideo que viveu no Cretácico Superior, no território Norte Americano. Era quadrúpede. O focinho terminava em bico. Como todos os ceratopsideos possuía um "leque" em osso na nuca. Também no nariz e por cima dos olhos existiam protuberâncias ósseas. Os chifres localizavam-se no topo da "crista" óssea. Tamanho estimado de 6 metros de comprimento, sendo considerado assim de tamanho médio.

Foram achados 3 crânios e alguns ossos pós cranianos.